quarta-feira, 23 de setembro de 2015

Reportagem da Revista pais&filhos. Coleção Almoço da Bisa.



Perguntas para Wanda:

1-      Você é uma bisavó de “mão cheia”. O que você acha dessas novas gerações de mães que estão se formando? Percebe uma diferença nas mesas das famílias? Qual o impacto dessas mudanças (de saúde e de cultura)?:

     Respostas : Atualmente, as pretensas mães de família, não querem ou não pretendem atuar na cozinha. Muitas delas nem querem estragar as mãos, o esmalte e nem cheirar a tempero. Será que podemos culpar as mães, frutos de uma geração assoberbada com tanta aprendizagem diversificada, agradando mães orgulhosas de suas filhas modernizadas, sem perceberem o erro  de que " quem não sabe fazer, não sabe mandar". Para a saúde, esse hábito de alimentação diária com lanche, além de impedir refeições sadias, se afastam do saudável hábito da família reunida à volta da mesa, quando todos comungavam os mesmos objetivos e as conversas e as trocas de ideias interessavam a todos os familiares. 

2-      Suas filhas e netas “puxaram” esse lado seu da cozinha?

     Respostas : Minha filha Wandinha, cozinha relativamente bem, mas não é muito afeita a essas maravilhas culinárias. Ela se sente melhor realizando atos de caridade, sempre engajada a movimentos caritativos onde realiza verdadeiros milagres. Mas minha neta Bárbara, essa sim, tem o dom de realizar coisas surpreendentes na cozinha, que muito agradam além do paladar saboroso, também  se aprecia um lindo visual. Haja vista que seu estudo acadêmico se fez em faculdade de culinária e afins. 

3-      De uma dessas receitas do livro de arroz tem alguma que é realmente tradicional sua e da sua família?

     Respostas : Sim, o arroz de todos os dias, o arroz mole paulista, arroz com passas, arroz de carreteiro do Ley (meu irmão), arroz de festa no micro-ondas. arroz de Braga da cunhada Ignês, o arroz doce da Wandinha (minha filha) e tantos outros ainda, que fazem crescer a lista.
 

4-      O costume dos livros de receita foi passado para você? E para as outras gerações da família?

     Respostas : Não, isso é coisa minha pois gosto de organização e de conservar o mesmo lugar de todas as coisas. Dessa maneira, quando procuro qualquer coisa ou objeto encontro porque sei onde encontrar. Assim eram e continuam sendo conservadas as receitas. Minha mãe Anna era exímia cozinheira, especialista em variadas preparações culinárias da cozinha italiana, desde quando, ela como a filha primogênita aprendeu a arte dos preparativos na cozinha, com seu pai, meu avô Arthur, que amava cozinhar e o realizava muito bem e ainda apreciava seus quitutes tão saborosos. Minha avó Rosa sempre às voltas com filhos pequenos (com uma prole de 13 filhos) não dispunha de tempo para a cozinha. As filhas mais velhas eram obrigadas a decorar o que aprendiam com o pai, para nunca recorrer a anotações de recitas. Tinham que saber realizar todas as preparações, com desenvolta e presteza.
5-      Algumas mulheres mais velhas (a minha bisavó diz isso) dizem que “quem sabe cozinhar um bom arroz”, cozinha qualquer coisa. Você acredita nisso?
 

     Respostas : Acredito sim!!!  Outro dia, ouvi uma senhora que me perguntou. ---Nesse seu livro tem receitas de arroz simples de todo dia ? Quando respondi que sim, ela desabafou. --- Que bom, então agora vou acertar fazer um arroz que acredito, bem gostoso. Continuando, ela me confessou o seu problema... todas as vezes que tentei cozinhar um arroz para saborear quentinho, que é o meu sonho, foi um desastre culinário. Não consegui  comer, porque em nunhuma das vezes acertei!!!  Não acertando o arroz, desisti de me aventurar na cozinha, por me julgar incapaz.

Lançamento do meu Livro Feijão.

Este é o segundo Livro lançado pela Editora Dash.
 
Feijão
 

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Verão chegando



Arroz de carreteiro do Ley

Reportagem na Revista pais&filhos.

Arroz de carreteiro do Ley.



Arroz de carreteiro do Ley

½ kg de carne seca dessalgada, em cubinhos
½ kg de lingüiça calabresa picadinha, sem casca
2 paios picadinhos, sem casca
100 grs de bacon fatiado e picado
2 xícaras (chá) de arroz cru
1 colher (sopa) de manteiga
3 cebolas roxas (menor que média) picadas
3 dentes (grandes) de alho picadinho
1 litro de água fresca ou água fresca apenas 2 dedos acima do arroz
4 colheres (sopa) de cheiro verde picado
Sal a gosto se houver necessidade

1)   Lavar a carne seca embaixo da água da torneira. Colocar a carne numa panela de pressão, cobrir com bastante água pura e fresca, 3 dedos acima do nível da carne. Ligar o fogo e quando chiar, deixar cozinhar por 20 minutos, em fogo mínimo. Abrir a panela, escorrer a água e cobrir novamente, com bastante água pura, fervendo. Tampar a panela e cozinhar novamente em fogo mínimo, por mais 25 minutos. Escorrer a água e picar em cubinhos bem pequenos. Reservar.
2)   Picar a lingüiça e o paio em cubinhos bem pequenos. Reservar.
3)   Levar uma panela ao fogo com a manteiga e o bacon para fritar até virar torresmo.
4)   Juntar a lingüiça, o paio e a carne seca, deixando fritar, mexendo, por cerca de 5 minutos.
5)   Acrescentar a cebola e o alho e fritar mexendo, até a cebola ficar transparente.
6)   Incluir o arroz lavado e escorrido e misturar.
7)   Por fim a água. Mexer, experimentar e corrigir o sal se for necessário.
8)   Cozinhar em fogo brando sem tampar, até quase secar.
9)   Antes de servir, misturar o cheiro verde.